GRÁFICOS-DF: CHAPA 2 / CONLUTAS VENCE ELEIÇÃO COM 53%

A eleição para renovar a diretoria e conselho fiscal do Sindicato dos Gráficos do Distrito Federal aconteceu esta semana, nos dias 14, 15 e 16 de abril de 2008. Três chapas disputaram o pleito e a Conlutas foi representada pela CHAPA 2 – Oposição Gráfica 7 de Fevereiro.
Há três anos, a oposição vem se apresentando como alternativa à atual direção da CUT, que fez uma péssima administração, deixando de defender os interesses dos trabalhadores, abrindo espaço para o descumprimento generalizado dos direitos dos gráficos, e isolando o sindicato do movimento sindical e social mais combativo.
Segundo Francarlos, Presidente da Chapa 2, “atualmente 50% dos gráficos estão sem carteira assinada, há prática de banco de horas sem qualquer controle, os salários estão rebaixados por demais”. Ele lembra ainda que a terceirização vem causando rebaixamento salarial, como ocorreu no Banco do Brasil e na gráfica do Ministério do Trabalho.
Em razão de sua ligação com o Governo Lula, a atual diretoria, filiada à CUT, não toma providências no sentido de organizar a luta contra os desmandos patronais e do Governo. Além da chapa da Conlutas, apresentaram-se a Chapa 1 (CTB, central ligada ao PC do B), e Chapa 3 (CUT). A chapa 3 foi financiada por parlamentares do PT, inclusive pelo deputado federal Paulo Rocha, envolvido no escândalo do Mensalão.
O resultado final apontou a vitória da Chapa 2, com 740 votos, enquanto a Chapa 1 obteve 214 votos, contra 441 votos dados à Chapa 3. No programa da chapa consta a reorganização da categoria e do sindicato, a discussão sobre a desfiliação da CUT, a luta contra as reformas neoliberais de Lula e seus aliados.
Os gráficos da chapa 2 contaram com o apoio da CONLUTAS Nacional e DF, do MTL-DI, do MPRA, do Sindicato dos Gráficos de MG, SP, e outros, além do Sindágua-DF, Oposição Professores-DF, Oposição Rodoviários-DF, e de diversos militantes de base da categoria.
A vitória da chapa 2 é considerada uma grande vitória de todos os gráficos e também dos trabalhadores brasileiros que se colocam contrários às reformas implementadas pelo Governo Lula. Parabéns aos companheiros e companheiras!

Nota de José Raimundo / BH.

NOTA DE APOIO ÀS FAMÍLIAS DA FAZENDA FORTALEZA, AMEAÇADAS DE DESPEJO.

Em razão da ordem de despejo noticiada contra as famílias do MPRA – Movimento Popular pela Reforma Agrária, acampadas nas Fazendas Fortaleza de Cima e Fortaleza de Baixo, no município de Comendador Gomes-MG, estamos solicitando apoio humano e material para a luta que travaremos em defesa da ocupação e da reforma agrária.

Em nosso entendimento, a reforma agrária é necessária e deve ser colocada na pauta do dia, porém o que assistimos é a morosidade do processo no país, ocasionado por uma política de alianças do Governo Lula com o agronegócio. E mais: o que se vê é uma tentativa generalizada de criminalizar os movimentos sociais, buscando transformar em réus e marginais os que lutam pelos direitos assegurados inclusive na Constituição Federal.

Nesse sentido, os movimentos sociais abaixo-assinados se unem em solidariedade aos companheiros do MPRA e posicionam-se contrários à ação de despejo, em mais uma luta de resistência dos trabalhadores sem-terra.

Assim, convocamos as entidades/organizações sociais, sindicais de luta da classe trabalhadora e da juventude a apoiarem esta luta, política e materialmente.

Aqueles que puderem contribuir financeiramente, podem depositar os valores em nome de: AMANDA DE LIMA MARTINS - Banco do Brasil – Ag. 2918-1, Conta Corrente 38086-5, ou AMILTON MARQUES FERREIRA - Caixa Econômica Federal, Ag. 0161, Operação 013, Conta 00319140-9.

Outras contribuições podem ser direcionadas para: BARROSO - (34) 9158-6884 / CLEICIANE (34) 9127-6461.

Entidades:

MTL- DI (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade - Democrático e Independente)
MPRA (Movimento Popular Pela Reforma Agrária)
LIGA DOS CAMPONESES POBRES
CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas)
FEAB (Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil)
DCE UFU (Diretório Central dos Estudantes da UFU)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) / Uberlândia
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campo Florido-MG

Nota de apoio às famílias do Movimento Popular Pela Reforma Agrária

Os participantes do seminário “Monocultivo de cana-de-açúcar”, promovido pelo Grupo de Trabalho de Políticas Agrárias e Meio Ambiente da Adufu-SS e pela Secretaria Regional Leste do Andes-SN, ocorrido nos dias 11,12 e 13 de abril, na Universidade Federal de Uberlândia, do qual participaram representantes de movimentos sociais, sindicatos, movimento estudantil e sociedade, solidarizam- se com as 78 famílias do Movimento Popular Pela Reforma Agrária – MPRA, acampadas na fazenda Fortaleza de Cima e de Baixo, município de Comendador Gomes, MG, sobre as quais pesa uma ordem de despejo. A fazenda foi vistoriada pelo Incra, que se comprometeu a emitir o laudo há cerca de um mês, o que não foi feito. Sabemos que a morosidade nos trâmites legais e a burocracia no processo de obtenção de terras são agravantes da ineficácia dos programas de Reforma Agrária que, juntamente com a falta de ações que proporcionem as condições para um efetivo assentamento do homem no campo fazem com que a Reforma Agrária no Brasil seja uma grande falácia responsável pela formação de inúmeras favelas rurais Brasil afora. Desta forma exigimos do Incra a homologação do laudo de produtividade da área antes que se cumpra a ordem de despejo e que agilize o processo de desapropriação ou aquisição da fazenda para o assentamento das famílias que lá se encontram.

Assinam esta nota de apoio: Andes-SN, Adufu-SS, DCE-UFU, Grêmio Estudantil Edson Luís, Conlutas, MLST, MTL-DI, MST, Contag, LCP, Unipac, PSTU, Fadir, STR-Campo Florido.

Sem Terra do MTL-DI arrancam conquistas com ocupação do INCRA em Goiás

Depois de dois dias de ocupação, cerca de 200 sem-terra organizados pelo MTL Democrático e Independente deixaram a Sede do INCRA de Goiás na terça-feira, dia 1 de abril, com algumas conquistas importantes da sua Pauta de Reivindicações, negociadas com o novo superintendente do órgão. A ocupação teve por objetivo protestar contra o uso do INCRA para acordos políticos com a base partidária do governo e cobrar as reivindicações de acampados e assentados.

A negociação teve início às 10h da segunda-feira, dia 31/3, fora do INCRA, na sede da ASSINCRA, ASSOCIAÇAO DOS SERVIDORES (que funciona ao lado da Superintendência), com a presença dos servidores e todos os representantes do Conselho de Representantes de Áreas (CRA) do MTL-DI no estado. As negociações foram interrompidas ao meio dia porque o superintendente propunha que para continuar os manifestantes teriam que desocupar o INCRA. Não houve acordo, mas as negociações foram retomadas às 15h, quando os servidores chefes de departamentos foram liberados para entrar para trabalhar nos processos. As discussões foram até às 22 h, sendo retomadas na terça, 1 de abril, até às 15h, quando fechou-se um acordo e os sem-terra decidiram por desocupar o imóvel por volta das 17h.

Os ítens mais importantes negociados foram: 30 vistorias; 30 rolos de lonas; entrega das cestas básicas; liberação da licença ambiental de um dos assentamentos; pagamento dos créditos habitação; liberação do crédito apoio para o pré-assentamento Terra e Liberdade; compromisso de encaminhar para ajuizamento dos TDAS de duas fazendas já com decreto; encaminhamento de mais três áreas para decreto; divulgação do laudo de improdutividade de uma fazenda grande (4 mil ha); o encaminhamento imediato de três áreas para vistorias, com pedido já formalizado.

Sobre a parte de infra-estrutura, que antes era realizada pelas prefeituras com bastante problemas, o INCRA comprometeu-se a fazer um convênio com a AGTOP-AGÊNCIA GOIÂNIA DE TOPOGRAFIA, EMPRESA ESTATAL RESPONSÁVEL PELAS ESTRADAS NO ESTADO. Também ficou acertada a renovação do convênio com o Ibama para realizar as licenças ambientais e a marcação de reunião com o superintendente da Caixa Econômica, para liberar recursos disponíveis para reforma e ampliação das casas nos assentamentos.

Das reivindicações sobre educação no campo, encaminhou-se a entrega imediata dos materiais para funcionamento das aulas (lampião, material didático e botijão). Ficou agendada reunião para a segunda-feira, dia 7/04, para planejamento do projeto de alfabetização em curso e organizar o seminário sobre Educação no Campo. Também ficou acertada reunião para encaminhar os projetos de escolarização e de técnicos agrícolas.