Por Sintusp
O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) vem a público manifestar sua solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campo Florido, entidade que defende os trabalhadores, e que está sendo atacada por este motivo.
A maioria das terras de Campo Florido foi transformada em plantio extensivo de cana-de-açúcar. As empresas, aproveitando os incentivos do Governo Lula, produzem o “Etanol”, que os empresários e governo chamam de “Energia limpa”.
Essas empresas contratam trabalhadores vindos de outras regiões. Os chamados “canavieiros” ou “bóias-frias”, os quais recebem por tonelada de cana cortada. Os bóias-frias vivem em situação muito ruim, longe da família por vários meses, em alojamentos alugados, e endividados com os chamados “gatos”, atravessadores de mão-de-obra. Cada trabalhador corta em média 12 toneladas/dia de cana queimada. Esse processo prejudica a saúde, além de causar danos ambientais. É uma situação que se assemelha ao trabalho escravo e, apesar de saber de tudo isso, as autoridades do Governo nada fazem.
Diante de tal quadro, o Ministério Público do Trabalho exigiu das empresas a contratação dos trabalhadores no seu local de origem e, ainda, a melhoria das condições de trabalho. As empresas reagiram e dizem que o MP e o Sindicato “estão tirando os empregos”. Na realidade, são essas empresas que não cumprem as leis trabalhistas e as exigências do MP, a fim de usufruir de trabalho escravo.
* Todo apoio e solidariedade aos trabalhadores de Campo Florido e seu sindicato de trabalhadores rurais na luta por emprego e condições dignas de trabalho!
* Exigimos imediata contratação de todos os trabalhadores, em condições iguais, sejam originados de Campo Florido ou de outras regiões e com garantia dos direitos trabalhistas e ambientais!
Diretoria Colegiada do Sintusp
Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo
28/03/2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
SINTUSP: Solidariedade à luta dos trabalhadores de Campo Florido
Publicado Por Terra Livre às 09:36
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